Mau Hálito Persistente: Por que ele continua mesmo com boa higiene bucal?

É comum associarmos o mau hálito à má escovação dos dentes. Mas quando o problema persiste mesmo com uma boa rotina de higiene, é sinal de que algo mais profundo pode estar acontecendo. O mau hálito (ou halitose) afeta não apenas a saúde bucal, mas também a autoestima e os relacionamentos sociais. Neste artigo, vamos explicar as causas mais comuns do mau hálito persistente e como tratá-las de forma eficaz.

1. Causas Bucais: o que a escova não alcança

Mesmo quem escova os dentes regularmente pode estar ignorando regiões críticas, como:

• Língua: a saburra lingual (placa bacteriana branca ou amarelada) é responsável por até 70% dos casos de halitose.

• Gengiva: doenças periodontais, como gengivite ou periodontite, causam acúmulo de bactérias e inflamações que liberam odor.

• Restos alimentares entre os dentes, especialmente sem o uso do fio dental.

• Cáries profundas ou restaurações mal adaptadas que abrigam bactérias.

2. Fatores Sistêmicos: quando o problema vem de dentro

Quando as causas locais são descartadas, é hora de investigar a saúde geral do paciente. Alguns problemas comuns associados à halitose incluem:

• Gastrite e refluxo gastroesofágico: o retorno do conteúdo gástrico ao esôfago pode causar odores fortes na boca.

• Sinusites e infecções respiratórias crônicas: acúmulo de muco pode gerar mau cheiro.

• Boca seca (xerostomia): a saliva tem função antibacteriana. Quando está em pouca quantidade, as bactérias se multiplicam.

• Diabetes: o odor característico da cetose pode refletir alterações no metabolismo.

3. Como tratar o mau hálito persistente

A primeira etapa é sempre um diagnóstico correto, feito por um dentista com experiência em halitose. O tratamento pode envolver:

• Limpeza profunda da língua e dos dentes

• Tratamento de gengivites e cáries

• Uso de enxaguantes específicos e estimuladores salivar

• Encaminhamento para médicos gastroenterologistas ou otorrinolaringologistas, quando necessário

O mau hálito não deve ser encarado como um tabu, mas como um sinal de alerta do corpo. Identificar a causa certa é essencial para tratar com eficácia. Se você convive com halitose mesmo mantendo bons hábitos de higiene, procure ajuda especializada.

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